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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os homens não querem casar



            Surge uma geração de brasileiros quarentões que nunca subiram no ao altar.
            Reflexo de uma população que envelhece e adia todo o ciclo de vida.

Segundo Renata Betti.

            Mulheres atenção: segundo os demógrafos, o bordão “falta homem no mercado” está ficando ultrapassado no Brasil. Pelo menos no que diz respeito à parcela da população masculina que já cruzou a fronteira dos 40 anos. Eles que costumavam chegar a essa fase da vida casados e já com filhos, começam a ingressar no clube dos quarentões sem nunca ter vivido uma relação amorosa, ainda que uma união informal. Segundo um recém concluído estudo sobre esse emergente grupo, a fatia de solteirões entre 40 e 50 anos de idade cresceu a um ritmo mais de três vezes o da população brasileira como um todo. Um espanto do ponto de vista estatístico. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa revela ainda que numericamente, o perfil predominante entre os quarentões é o de homens egressos dos extratos de renda mais alta e com diploma universitário. Existem 4,2 milhões de brasileiros com tais características no país. Pois foi nesse universo que o time dos solteirões subiu 66% desde 2003, efeito de uma mudança bem maior no conjunto da população brasileira. “Estamos assistindo a um fenômeno típico de populações que envelhecem e começam a postergar todo o ciclo de vida, incluindo aí casamento e filhos”, explica o doutor em demografia pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, Reinaldo Gregori, à frente do estudo.
            Isso se manifesta de forma mais acentuada entre os homens principalmente porque, ao contrário das mulheres, não recai sobre eles a premência da maternidade.
            Tal grupo não escapa de certa cobrança por esticar os anos de solteirice, Seus pais costumam ansiar por netos. Os amigos, já casados desejam que levem uma vida mais semelhante à deles próprios. Mas nada disso se compara, nem de longe a situação que se impunha aos solteirões de três, quatro décadas atrás. “No passado recente, matrimônio e filhos eram como um carimbo que conferia ao homem respeitabilidade no trabalho e na vida social” resume o psicólogo Ailton Amélio, especialista em relações amorosas da Universidade de São Paulo (USP). À medida que o casamento foi deixando de ter no Brasil peso de uma obrigação social, ele começou a ser gradativamente adiado, movimento que ecoou o que já passava nas sociedades ocidentais de modo geral. Num intervalo de apenas trinta anos, as brasileiras, que subiam ao altar em média aos 22, passaram a tomar a decisão com 26. Já com os homens, o salto foi ainda maior; de 23 para 29 anos, segundo números do IBGE. Os quarentões que seguem agora solteiros estão ajudando a puxar a média para cima.

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