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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Saudação de Paulo Konder Bornhausen, por ocasião da festa dos noventa anos do Dr. Volney Colaço de Oliveira.


Foto: Pai no Simple

Inicialmente, a título de curiosidade que talvez você não tenha tido vou lhe revelar uma estatística que dá maior ênfase ao dia de hoje quando completa 90 anos.

Neste período, você viveu até este momento 32.850 dias, o que quer dizer 778.496 horas, das quais fazendo em média oito horas, compensando as poucas da juventude e ao que agora consome, você passou dormindo 10.950 dias, ou sejam 562.800 horas e exagerando em 1 hora para seus banhos e necessidades vitais, passou 7784 horas no banheiro.

Deixando as estatísticas à parte, meu caro Volney, estamos aqui hoje para homenageá-lo mais do que festejarmos seu aniversário. Aqui estão suas filhas queridas Kika e Tereza, sua fiel e abnegada companheira e esposa Elizabeth, a filha adotiva de vocês dois a meiga Débora, sua irmã Maria Lygia, sua cunhada, seus primos, sobrinhos e muitos da sua legião de amigos e admiradores.

Faltaria com o dever e praticaria uma grande injustiça se não me referisse a sua ex-esposa, minha querida amiga e comadre Neusa, vitimada por trágico desastre que o destino lhe aprontou, levando hoje uma vida vegetativa.

Homenagem a um homem inteligente, competente, muito amigo de seus amigos e respeitado pelo que foram seus adversários na vida pública.

Você brilhou como parlamentar catarinense por três mandatos consecutivos, como brilhou como advogado e Procurador da República.

Volney, tive a felicidade de conhecê-lo nos idos de 1945, portanto há quase sessenta anos, quando na fundação da UDN no Castelo dos Catões, no inicio da Praia do Arpoador no Rio de Janeiro, ocasião esta em que Virgilio de Mallo Franco lançava o Brigadeiro Eduardo Gomes para ser candidato a Presidente da República.

Depois de casados, eu e Ivete, você e a Neusa, estreitamos nossas relações, tendo vocês nos homenageado para sermos padrinhos da nossa adorável Kika e mais tarde, pude quando Diretor do Banco do Brasil, nomear a Teresa para trabalhar na Agência de Londres e por certo, sou responsável por ela ter se fixado no velho continente, hoje residindo na Suíça.

Foi você meu caro Volney, que quando nos elegemos para a Legislatura de 1954 a 1958, o grande coordenador da minha eleição para Presidente da Assembléia em 1956, cargo que você já exercera com o brilho que sempre o acompanhou.

Vivemos momentos inesquecíveis, sempre solidários. Hoje estou convencido que você conseguiu demonstrar de como estava enganado um grande pensador do século XVII Claude Culton que afirmava “que os excessos da juventude são saques que pagaremos com juros exorbitantes na nossa velhice”. Pois você aqui está entre nós, mentalmente perfeito e com a saúde compatível com a sua invejável longevidade.

Faltando-me talento para descrever os sentimentos que invade nossas almas neste glorioso dia, recorro à figura de Deméa, personagem de David Humen, no seu livro publicado em 1779, quando ela assim se manifesta; “Pergunte-se a si mesmo, pergunte a qualquer um dos seus conhecidos se gostariam de viver seus últimos dez anos de sua vida.” E ela mesmo responde; “Não. Pois os próximos vinte serão ainda melhores”.

É assim que nós devemos encarar a longevidade, e é o que desejamos todos a você Volney, para podermos continuar usufruir da sua excepcional companhia, inteligência, sua importante amizade e que continue levando a vida, com sua disposição de vivê-la, senão com alegria permanente, mas com um conformismo intimo exemplar.

Por tudo isso, sem constrangimento, todos que por você nutrem afeto e amizade, embora não seja você um dos melhores cristãos, não é agnóstico, pois acredita e tem fé em Deus, peço que juntos de mãos dadas façamos uma grande corrente, em agradecimento a benesse que o Senhor ofertou ao nosso homenageado, dando-lhe noventa anos de vida e que nos permita com ele conviver muitos outros, em conjunto rezemos com fé a oração que Deus nos ensinou.

Pai nosso...

 

Alegria, muita alegria meu amigo,

Noventão!

 

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