Alimentação e humor têm uma relação íntima. É que os nutrientes que são encontrados nos alimentos contribuem para a formação dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar
Uma das principais causas da depressão é o estresse crônico que provoca no cérebro uma tensão contínua que ele não está preparado para suportar, o que pode desencadear distúrbios e bloqueio na inteligência emocional. “Estresse, poluição, alimentos de baixo poder nutritivo e metais tóxicos estimulam a produção de hormônios corticoides que bloqueiam a formação das neurotrofinas, substâncias que protegem e alimentam os neurônios, além de produzir um excesso de radicais livres no cérebro que desregulam os circuitos do prazer e da dor”, explica Gabriela Tais Passoni, nutricionista especializada em Clínica Funcional, da Empresa Naturalis Nutrição & Farma. Por isso, alimentação e humor têm uma relação íntima. É que os nutrientes que são encontrados nos alimentos contribuem para a formação dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar.
As funções cerebrais dependem, por exemplo, de triptofano, tirosina, magnésio, vitaminas do complexo B e vitamina C, que são nutrientes que auxiliam na formação da serotonina, o neurotransmissor relacionado a sensações de prazer. Outra relação entre a doença e a alimentação é que um dos principais receios do paciente com depressão é engordar. “A serotonina ajuda a regular a ingestão de carboidratos e a saciedade; como os pacientes com depressão apresentam deficiência de serotonina, possuem dificuldades para saciar-se, e a vontade de comer fica mais acentuada”, explica Gabriela Paschoal, Nutricionista Clínica Funcional do Departamento Científico da VP Consultoria.
A má alimentação também pode afetar o funcionamento do intestino. “Esse órgão é responsável pela produção de 80% a 90% de serotonina, portanto é de extrema importância garantir que o intestino esteja saudável”, explica a nutricionista Natália Colombo, especialista em Nutrição Clínica Funcional, da empresa NCNutre. Um dos perigos dessa relação é quando o paciente desconta na comida a sua insatisfação e momentos de crise. Nesses casos, a dieta equilibrada é ainda mais importante para manter a sensação de frustração o mais longe possível. “Infelizmente, a maioria dos pacientes não possui conhecimento de quanto a alimentação pode influenciar no quadro depressivo. Geralmente há necessidade de conscientização de um hábito de vida e alimentação corretos como parte do tratamento da doença”, conta Regina Longano, nutricionista especializada em Clínica Funcional, de São Paulo.
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