Rjukan é uma pequena aldeia na Noruega, perto da borda inferior do Círculo Polar Ártico. Durante seis meses a cada ano, a cidade fica imersa na escuridão, pois está cercada por montanhas gigantes que bloqueiam a luz solar natural. Então, foi criada uma interessante solução: colocar espelhos enormes em torno dos cumes das montanhas para refletir a luz solar para a aldeia.
Rjukan
Com uma população de pouco mais de 3.000 pessoas, Rjukan poderia muito bem ser definida como um pedaço de humanidade no meio do nada. Foi construída como um posto de controle industrial da empresa Norsk Hydro no início de 1900, e o custo de trazer suprimentos e materiais de construção para o vale era quase o dobro do orçamento nacional da Noruega. Remota e isolada, Rjukan era pouco mais do que um posto avançado para os operários e suas famílias até 1996, quando o município passou a ser designado Rjukan.
E há um outro problema que assola os moradores da remota cidade: a partir de meados de setembro até o início de março, não há luz solar.
Luz solar
Nos pólos extremos da Terra, não é incomum ver uma noite que dura meses, devido à forma como a Terra gira. A Noruega reside cerca de metade dentro e metade fora do Círculo Polar Ártico, e seu período de verão deu ao país o nome de “Terra do Sol da Meia-Noite” – de maio a julho, o sol nunca mergulha completamente abaixo do horizonte. No entanto, isso acontece apenas nas regiões do norte, dentro do Círculo Polar Ártico. Já no sul da Noruega, o sol ainda pode brilhar por pelo menos 20 horas por dia.
Evidentemente, a luz constante no verão significa que o oposto é verdadeiro para o inverno, e as latitudes setentrionais da Noruega ficam mergulhadas na escuridão por cerca de três meses, no auge do inverno. Rjukan está bem abaixo da borda do Círculo Polar Ártico, e a cidade ainda está completamente cercada por montanhas, o que dificulta ainda mais a entrada de raios solares.
Para resolver essa situação, os moradores de Rjukan colocaram em prática um projeto que envolveu três espelhos enormes ao longo dos cumes das montanhas para refletir os raios do sol para a cidade. Os espelhos estão a 450 metros sobre a cidade e rodam conforme a trajetória do sol, mantendo o epicentro dos raios solares exatamente sobre a cidade durante o dia inteiro. O projeto teve um custo de 5 milhões de coroas, ou cerca de 849 mil dólares. [KnowledgeNuts]
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