Bem vindos!

Variedades de Floripa ! notícias, política, depoimentos, críticas, curiosidades, vídeos e receitas !
Participe !

Todos os posts estão divididos por área, então se você tem interesse de ver somente um tipo de post, utilize a barra de categorias no topo da página, ou na seção de tags ao lado.
___________________________________________


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Dia do Sol ! 3 de Maio ! energia para todos !! Bom dia !!


Apesar de não passar de uma estrela modesta – no conjunto dos mais de cento e vinte mil milhões de astros semelhantes que constituem a nossa galáxia –, o Sol continua, tal como no passado, a ser venerado na Terra. Adorações e outros cultos de então são agora substituídos por eventos marcados para determinado dia – o “dia do Sol” – em que, com maior ênfase do que noutras oca­siões, se fala da nossa estrela e da sua influência sobre a vida na Terra, ou melhor, se reflete sobre a impossibilidade de vida no nosso planeta se o Sol não existisse.

Mesmo modesta, a nossa estrela, embora considerada a meio do “período de vida calma”, vive de forma bem atribulada: parecendo uma gigantesca bola de gás incandescente, envolvida por plumas (protuberâncias) com configurações geralmente encurvadas por intensos campos magnéticos gerados por correntes de matéria nas camadas exteriores, o Sol mostra pontos escuros (manchas solares) irregulares, também eles resultantes dos efeitos magnéticos que “bloqueiam” a luz visível.

Telescópios (instalados em terra ou em satélites artificiais) protegidos com filtros especiais conseguem atenuar a intensidade da luz solar e ver nitidamente contornos e sombreados em voltas das manchas e, com grandes ampliações, uma espécie de “bagos de arroz” (grânulos) que correspondem a “células de convecção”, ou seja, a matéria em circulação, à semelhança do que se pode observar num recipiente com água a ferver. De toda esta complexidade, resultam erupções que, vistas no limbo do Sol, formam estruturas suspensas por tempos determinados pela gravidade solar e, essencialmente, pelos campos magnéticos que as sustentam até as ­suas variações provocarem a queda ou fragmentação violenta de toda a matéria lançada no espaço vizinho do Sol. Partículas e radiações são lançadas no espaço, podem alcançar a Terra, interferir com o funcionamento e com a estabilidade dos satélites artificiais, alterar o estado da atmosfera terrestre (em particular nas regiões próximas dos polos) e produzir auroras polares. Abaixo da camada mais externa do Sol (a cromosfera) situa-se a fotosfera, região de onde é emitida a energia que nos chega e que é considerada como “a superfície do Sol”.

Em direção ao centro do Sol, os 540 mil quilómetros seguintes correspondem à “zona radiativa”, através da qual a energia produzida na parte central gasta milhares de anos a transferir-se para a superfície.

Finalmente, alcança-se o núcleo, onde a temperatura é próxima de 14 milhões de kelvin (para valores tão elevados, kelvin é idêntico a graus Celsius), a necessária para manter a taxa de fusões nucleares da mistura de átomos de hidrogénio com algum hélio. De tal fenómeno resulta a energia que inicia a lenta e longa caminhada para o exterior e, simultaneamente, são produzidos os enigmáticos neutrinos que, viajando sem interferências pelo caminho, alcançam a Terra milhares de anos antes da sua gémea energia, criando-nos a esperança de que, quando soubermos interpretar a mensagem que nos trazem das profundezas da nossa estrela, saberemos calcular rigorosamente que energia estava a ser gerada quando eles de lá partiram (um pouco mais de oito minutos antes) e, daí, deduzir a que nos chegará uns milhares de anos depois.

O dia do Sol, comemorado a 3 de maio, servirá para – em muitos locais do mundo – se evocar a complexidade de uma estrela modesta e com­preender a sua vida complexa e o seu altruísmo na manutenção de condições de vida no espaço à sua volta. O Centro Ciência Viva de Constância (http://constancia.cienciaviva.pt; info@constancia.cienciaviva.pt) abre as portas do seu observatório solar para observação de manchas e erupções e análise da composição do Sol e, simultaneamente, promove atividades relacionadas com energia solar, nos dias 3, 4, 5 e 6 de maio.



O céu de maio

Após meses de visibilidade no céu do início das noites, Júpiter saiu de cena e em breve vai ser “apanhado” pelo Sol, ou seja, vai colocar-se em “conjunção”, termo utilizado pelos astrónomos para referir que o planeta se situa “do outro lado do Sol”. Vénus, que se prepara para deixar a constelação do Touro em direção à dos Gémeos, Marte, que continua no Leão, e Saturno, que demorará muitos meses a percorrer toda a região do céu correspondente à Virgem, marcam o plano do sistema solar e a faixa do céu designada por “zodíaco”. Na parte central dessa faixa, situa-se a eclíptica, linha imaginária definida pelo plano da órbita da Terra e que constitui o caminho por onde – aparentemente – o Sol se desloca ao longo do ano, no seu passeio pelas doze constelações zodiacais.

A Lua, cujo plano orbital apresenta uma ligeira inclinação (cerca de cinco graus) relativamente à órbita da Terra, desloca-se sempre muito perto da eclíptica – um pouco acima ou abaixo dela –, cruzando-a em dois pontos designados por “nodos”. Quatro vezes por ano, em geral, a Lua passa pelos nodos, duas vezes na fase de Lua Cheia e duas na fase de Lua Nova. Na primeira circunstância, ocorrem os eclipses lunares; na segunda, verificam-se os eclipses do Sol, sendo um destes últimos fenómenos que será visível numa vasta região próxima do polo sul, na passagem de 20 para 21 deste mês de maio. Depois disso, a Lua deslocar-se-á a sul da eclíptica, razão por que passará ligeiramente abaixo (a sul) de Vénus (no dia 23), um pouco a sul de Marte (dia 28) e igualmente abaixo de Saturno, no último dia do mês.
alt
No que respeita às constelações visíveis nesta ocasião do ano, Orionte já se encontra parcialmente mergulhado no horizonte, a Oeste, por volta das vinte e uma horas, enquanto a Este se avista a Balança no mesmo momento e surgirão pouco depois as primeiras estrelas do Escorpião. No lado norte, a Ursa Maior ocupa então a região mais alta da esfera celeste e, pelo contrário, a Cassiopeia está a rasar o horizonte.

Como sempre, a estrela Polar mantém-se fixa, girando todo o céu à sua volta – da direita para a esquerda de um observador voltado para Norte – de este para oeste, em consequência da rotação que a Terra executa em sentido contrário, ou seja, de oeste para este.
fonte superinteressate

0 comentários:

Postar um comentário