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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cabeçudas e o sonho. de Paulo Konder Bornhausen.



Cabeçudas e o sonho.
Paulo Konder Bornhausen.



Certamente, em razão da idade, sonho com muita frequência. Na maioria são gostosos, alegres, felizes. São poucos os pesadelos, ainda bem, porque nos basta os que temos acordados.

Uma noite destas, sonhei que estava indo para a Praia de Cabeçudas, de carona com meu amigo Luiz Razzini.

Quando chegamos à altura da Ilha das Cabras, pedi para parar na frente à casa da Laura e do Luiz Pescador, onde sempre comprava Goiás e lagostas.

Resolvi fazer o restante do percurso caminhando a pé. Depois de percorrer algumas sinuosas curvas chegara ao Costão, início da praia.

Decidi então, visitar os amigos.

Comecei pela Júlia e Hélio Guerreiro e seus vizinhos Ione e kika. Mais adiante, encontrei a Lalinha, o Edy, Alaide, Fiuza e o Wilson Melrro. Em seguida, Estavam de frente aos seus apartamentos a Crista, o João, a Ruth e o Rudi Bauer. Caminhei um pouco mais para ver a Tutti, o Chico, a Dona Consuelo e o Genésio Lins. Depois foi a vez de Guiomar e o Júlio Cesar.

No novo apartamento da família, de três andares, falei cm minha mãe e a Adê, que me informaram que o Jorge e o Roberto estavam viajando. Antes passara pela casa do Guido Miranda, onde moram a Silvinha e o Maurício.  Após ter falado com a Olga e o Pimpa, cheguei a casa da Lucy e do Cesar Ramos.

Na saída, vi na praia caminhando, a Lena com o Felix Fóes, A Marly e Gunther Deeke, a Suely e o Paulinho Malburg, a Bernadete e o Flávio Coelho.

Prossegui a caminhada, passando na frente das casas do Rodolfo Bauer, dos Reichmann, dos Karsten e dos Buetner. Ia esquecendo que também fui ver a Lise, o Bucheler e o tio Juvêncio e fui visitar os grandes amigos Ana Maria e o Laércio, que estavam com os pais da Ana, o casal Siqueira.

Parei em frente da nossa igrejinha. Subi suas íngremes escadarias e rezei uma Ave Maria para sua padroeira Nossa Senhora dos Navegantes.

Retornei para minha bela residência, onde Ivete e os meninos (como até hoje chamo) estavam a minha espera.

Minutos depois de passar na casa dos vizinhos Sônia e Zeca Procopiaki, que pertencera aos meus sogros, vislumbrado no mar, quase defronte de sua casa, o Carlinhos Renaux, “corricando” com seu indefectível guarda-sol. Prossegui meu caminho e depois de passar pela casa do Ingo Renoux, que estava com a família em São Paulo, cheguei ao Iate Clube, que era o ponto de encontro de quase todos os moradores da pequena e linda praia.

Lá me esperava o Artur, filho da Pupe e do Benjamim, também moradores locais e irmão do meu futuro genro José Antonio. Íamos fazer um passeio de lancha.

Rumamos mar a fora, contornamos o Costão do farol, passamos ao largo, as praias do Morcego, dos Amores, da Preguiça, da Brava, do Buraco, até chegarmos a Camboriú, onde fomos até a Barsa.

Em seguida regressemos, contemplando o mar azul, já que o vento impedira de misturar-se com as águas barrentas que vinham pela foz do Rio de Itajaí, as pedras que ficavam a frente da casa de meus pais e o belo visual da nossa praia, cercada de frondosas amendoeiras.

Estávamos felizes, bronzeados pelo sol brilhante de um lindo dia de verão.

Foi quando acordei.

Feliz e até sorridente. Bem humorado.

Olhei em minha volta, fui a janela do quarto da minha residência, na rua Bocaiuva, em Florianópolis, para ver o tempo. Caí na real. Era um sonho, delicioso sem dúvida.

Tudo havia mudado.

Tudo era o passado. O passado sem volta.

Meditei triste, cabisbaixo, pois tinha a consciência que o meu único consolo, era a lembrança dos velhos tempos, dos queridos amigos, muitos que já nos deixaram, a certeza de que aquela paisagem, da mais bela e romântica das nossas praias, haveria de conservar-se até o fim.

Para mim só restava a recordação dos tempos felizes, inesquecíveis que lá vivi e enquanto vida tiver, as saudades da nossa querida Praia de Cabeçudas.

Um comentário:

  1. Até eu que sou de duas gerações depois tenho belas lembranças de Cabeçudas <3

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