Para quem pensa que uma farmácia não possui nenhum atrativo, sendo um local ‘sem graça’, então, saiba que existe 1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 de novas moléculas de uso farmacêutico aguardando pesquisas para encontrá-las.
O número, assustadoramente grande, 1 seguido de 60 zeros, é superior a quantidade de estrelas que acredita-se que exista em nosso Universo.
Apesar de décadas de avanços na medicina, os cientistas sintetizaram uma quantidade ínfima de coquetéis e drogas potenciais que ainda podem ser produzidas, de acordo com um novo estudo suíço.
A grande maioria dos fármacos é composta por pequenas moléculas. Isso ocorre pela facilidade dessas substâncias se ligarem as membranas e paredes celulares, interagindo melhor com os processos naturais do corpo.
As moléculas enormes, também chamadas de macromoléculas, conseguem o mesmo papel, atuando até mesmo na função de carregar moléculas menores dentro delas. De acordo com a American Chemical Society, a ciência já descobriu 67 milhões de compostos, e ainda temos muito mais para descobrir.
Uma substância farmacêutica pode desempenhar diversas tarefas dentro do corpo, mas especialistas afirmam que existe uma molécula específica para cada problema, só precisamos encontrá-las.
A pesquisa, liderada por Jean-Louis Reymond e Awale Mahendra da Universidade de Berna, Suíça, mostrou quantas moléculas ainda podem ser encontradas através do estudo do rearranjo dos átomos.
Os cientistas usam computadores e programas especiais para deduziram a síntese de novos compostos, facilitando todo o processo. Uma descoberta recente foi a de um análogo da nicotina.
O trabalho, publicado na ACS Chemical Neuroscience, mostrou que, provavelmente, muitas das moléculas possíveis seriam extremamente difíceis de sintetizar ou se quebrariam facilmente, sendo moléculas muito instáveis. Mas o grande número de moléculas possíveis faz com que a farmacologia tenha um campo enorme para ser desvendado, buscando novas terapias para as mais diferentes doenças.
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