Há quem passe açúcar e pó de café em ferimentos para acelerar a cicatrização: mitos que podem até piorar o quadro. Mas a ciência mostrou que a alimentação pode, sim, ajudar a curar feridas. Basta saber o quê e quanto comer para ver o resultado. A dica vale tanto para machucados leves como para a recuperação pós-operatória.
— Algumas substâncias em conjunto trabalham para multiplicação adequada das células que vão reconstruir o tecido lesionado. Assim o processo é muito mais rápido e saudável — diz a nutricionista clínica Ana Ceregatti.
A alimentação balanceada também tem influência na produção de anti-inflamatórios naturais do corpo, estimulando a defesa contra as possíveis infecções envolvidas na cicatrização.
— Nesse sentido, um nutriente importantíssimo é o ômega-3. Encontrado principalmente na linhaça, ele é um tipo de gordura que o organismo não consegue fabricar e que, por essa razão, precisa ser ingerido diariamente — orienta a nutricionista, que aponta ainda o óleo de canola e sardinhas como boas fontes de ômega-3.
Já a vitamina C das frutas cítricas estimula a produção de colágeno, proteína que forma e dá firmeza à pele.
— As frutas são muito versáteis, podendo ser consumidas no café da manhã, durante as refeições ou como parte dos pequenos lanches — ensina a especialista.
Pimentão cru (especialmente o amarelo), agrião, couve, brócolis e repolho, também ricos em vitamina C, devem ser ingeridos regularmente durante almoço ou o jantar.
Nova técnica também ajuda a recuperação
Mais do que uma cicatrização rápida, principalmente no caso das cirurgias, é preciso evitar o surgimento de fibroses — tecidos rígidos, que podem provocar dor e inchaço no local. Uma técnica desenvolvida pela fisioterapeuta brasileira Mariane Altomare, e recomendada por pesquisas realizadas na University of Vermont College of Medicine, nos EUA, usa as mãos como forma de minimizar o problema.
— Quando eu fiz uma cirurgia plástica, a recuperação doeu muito. Comecei a estudar os processos de cicatrização e desenvolvi uma técnica sem dor, a Liberação Tecidual Funcional, que remodela e reorganiza a reconstrução do tecido, além de favorecer a drenagem linfática — explica Mariane.
O tratamento dura em média 30 dias, com a aplicação de oito sessões, duas a cada semana.
Fonte: Extra
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