Prefeitura de Florianópolis enviou, na manhã desta terça-feira (11), notificação às empresas concessionárias do serviço público de transporte para, até as 14h, fazerem uma chamada pública aos funcionários para que se apresentem nos locais de trabalho e retomem o atendimento à população. A notificação é, sobretudo, para "aqueles que querem voltar ao trabalho", segundo a assessoria da prefeitura.
A medida se impõe ainda em cumprimento à decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para manutenção da frota mínima em operação enquanto durar o movimento grevista. A assessoria declarou que "a prefeitura e a Polícia Militar garantirão condições de segurança a todos os trabalhadores do sistema de transporte coletivo que se apresentarem para retomar suas atividades".
Antônio Carlos Martins, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Floriantópolis (Sintraturb), informou que até as 11h50 desta terça-feira ainda não havia recebido a notificação e, portanto não pode falar sobre o assunto. Ele disse ainda que o sindicato participará de uma audiência às 14h no TRT.
Segundo dia de greve
No segundo dia de greve no transporte coletivo da Grande Florianópolis, os ônibus novamente não saíram das garagens na manhã desta terça-feira (11). Em reunião na noite de segunda (10), o sindicato dos trabalhadores decidiu não cumprir a frota mínima de 100% em horários de pico e 50% nos demais estabelecida pelo TRT.
Os participantes do Sintraturb votaram no final da noite de domingo (9) pela greve. Na segunda (10), os ônibus não saíram das garagens. Nesta terça, a Secretaria Municipal de Transportes de Florianópolis segue disponibilizando o transporte alternativo através de vans que saem do Centro em direção aos bairros.
Sobre o preço das passagens para esses veículos, que custam entre R$ 5 e R$ 7, o secretário Valmir Piacentini afirmou, em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, que "não dá para comparar a capacidade um ônibus e de uma van. Há um custo para ser dividido por menos pessoas do que no ônibus". Ele também disse que a posição do executivo da capital é "determinar ao Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município de Florianópolis (Setuf) que coloquem os ônibus nas ruas".
Sem acordo
O secretário de comunicação do Sintraturb, Dionísio Linder, disse que os grevistas só cumprirão a decisão com a catraca livre. Já o presidente do Setuf, Waldir Gomes da Silva, afirmou que fez a chamada dos empregados e disponibilizou a frota, mas aqueles que queriam trabalhar foram impedidos por colegas.
A proposta de 'catraca livre' feita pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores de ônibus de Florianópolis na tarde desta segunda-feira (10) foi considerada uma "palhaçada" pelo secretário de Transportes, Mobilidade e Terminais da prefeitura, Valmir Piacentini, que defendeu a manutenção de frota mínima determinada pela Justiça.
Transporte alternativo
A Prefeitura elaborou um plano de ação para o transporte dos usuários. Serão cerca de 200 vans e micro-ônibus do serviço de turismo e escolar, distribuídos em cinco pontos da cidade, todas com saída do centro em direção aos bairros. Para levar os passageiros às regiões da capital, entre às 6h e 23h, a condução terá dois valores: R$ 5 e R$ 7.
Os veículos que vão para o Continente saem da frente do Terminal Rodoviário Rita Maria, com o custo de R$ 5. Já os que têm destino ao Centro-Leste, partem da parada de ônibus localizada embaixo da passarela da Avenida Paulo Fontes. Será cobrado R$ 5 de quem desembarcar até o ponto do Morro da Lagoa e R$ 7 para quem descer nas paradas posteriores. As pessoas que vão ao Norte da Ilha devem embarcar em frente ao camelódromo do Terminal de Integração do Centro. O camelô defronte ao Terminal Cidade de Florianópolis será o ponto do moradores do Sul. Ambas as viagens terão o custo de R$ 7.
Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, os veículos cadastrados na Prefeitura tem número de registro colado na traseira. Além disso, está sendo fixado no para-brisa dos veículos um papel com a bandeira da cidade durante o período em que as vans e micro-ônibus estiverem operando.
fonte g1 SC
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