Quando a pessoa pega o telefone e disca o número, ela pode se distrair por alguns segundos, reduzindo o tempo de reação, assim como acontece com pessoas que dirigem alcoolizadas. Segundo o neuropediatra Erasmo Casella, pessoas com transtornos de atenção correm mais riscos de acidentes.
Um cálculo feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) concluiu que a pessoa demora até quatro segundos para pegar o telefone e mais cinco segundos para discar o número, o que equivale a 125 metros de distância de distração em uma velocidade de 50 quilômetros por hora.
Uma das dicas dos especialistas é bloquear os estímulos e optar por ambientes controlados para garantir a concentração. A falta de atenção e a pressa são grandes inimigas no volante e podem causar acidentes graves, por isso, é importante manter a atenção 100% na direção.
TDAH x hiperatividade
A falta de atenção pode ser sinal de uma doença, o TDAH, ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Geralmente, atinge as crianças mas também pode ser um incômodo para alguns adultos.
Para diagnosticar o TDAH, os médicos não fazem exames, apenas investigam a vida do paciente através de testes e perguntas.
Para diferenciar a doença e não confundi-la com pessoas agitadas, é preciso observar alguns sinais, como a duração dos sintomas, se eles estão em todos os lugares e se prejudicam a vida da pessoa. Por exemplo, uma pessoa agitada consegue esperar um filme terminar no cinema, mas se ela ficar se mexendo o tempo inteiro, levantando e inquieta pode ser um sinal de alerta.
Nas crianças, o diagnóstico só pode ser feito após os 3 anos de idade, quando elas já ganharam total controle sobre o corpo.
Antes dessa idade, é natural que a criança seja agitada porque está na fase de descoberta do corpo e do espaço. A dica para as mães é evitar cigarro e bebidas alcoólicas durante a gestação para reduzir o risco de o filho desenvolver a doença.
Para tratar o TDAH, são usadas técnicas pedagógicas e comportamentais e medicamentos, que servem como estimulantes para manter o paciente atento. Para mais informações, o neuropediatra Erasmo Casella recomenda o site da Associação Brasileira do Déficit de Atenção.
fonte http://g1.globo.com
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