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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Conflitos passados e presentes.! PKB


Acabo de ler um interessante livro “Os tempos de Getulio Vargas” de autoria de José Mello Filho, que inicia sua narração pela revolução de 1930, quando eu tinha um ano de idade.
Economicamente vivíamos os terríveis reflexos da crise de 1929, que abalou sem exceções, os países de todo o planeta.
Politicamente, por sua vez, pairavam dúvidas sobre a extensão das conseqüências do golpe de estado que derrubou da Presidência Washington Luiz, gerando conflitos dos mais diversos sem que se divisasse o futuro das instituições brasileiras a curto e médio prazo.
Desenvolvia-se uma radical disputa entre posições ideologicamente antagônicos-capitalismo e comunismo, praticamente em todo o mundo.
Quanto aos regimes de Estado, prevaleciam os reinados, ditaduras e a democracia que efetivamente só encontrara estabilidade, na acepção da palavra nos Estados Unidos da América do Norte.
Neste clima, os golpes de estado eram rotineiros e já no inicio do século surgiram os movimentos radicais da chamada direita - o nazismo e o fascismo, que invadiu a Europa, a Alemanha e a Itália, e se alastrou pelo mundo inteiro, até mesmo no nosso país com o “integralismo” de Plínio Salgado que teve adesão consistente na elite e intelectuais.
Com essas considerações meramente introdutórias o que desejo abordar é a crise presente que foi deflagrada nos Estados Unidos em 2008, contaminando de maneira desastrosa a zona do Euro e atingindo todas as nações do mundo.
Hoje não existe mais o conflito de esquerda e direita. O comunismo praticamente desapareceu com a implosão da União Soviética e conta-se nos dedos os países que o adotam, mas que recentemente vem suavizando, pelo menos no setor econômico com medidas tipicamente capitalistas.
Hoje, o grande problema surgido após a crise de 2008 é da forma com que o mundo como um todo vai recuperar-se econômica e financeiramente. Na zona do Euro, no Continente Europeu, reside o ápice das conseqüências que ela desencadeou e surgiu um falso dilema da forma de iniciar a recuperação que poderá levar uma década. Uma corrente favorável a um rígido regime, que denominou-se de austeridade fiscal e a outra que defende o crescimento pelo investimento e desenvolvimento econômico. Afirmo que trata-se de um dilema falso, pois para intentar-se a recuperação econômico-financeira e conseqüentemente social, as duas são necessárias a se fundirem. Em outras palavras há que se aplicar medidas duras quanto aos gastos governamentais, porém em grau que não empeçam o crescimento e desenvolvimento das nações. O crescimento é indispensável porque pressupõe investimentos da Infra-estrutura que gera riqueza e reforça o desenvolvimento industrial, conseqüentemente com benefícios nas principais áreas que afligem a maioria dos paises; emprego, saúde, educação, segurança e combate a miséria.
Tudo se resume na forma de obter-se essa harmonia entre a austeridade fiscal e o crescimento.
Aquela tem que prever a redução do custeio, as despesas públicas, reformas do sistema previdenciário, tributário e mesmo eleitoral. Já o crescimento só será possível com a participação dos organismos financiadores dirigidos a geração de riquezas.
Se há necessidade de amparar o sistema bancário principalmente na zona do Euro, deve-se encontrar a forma de fazê-lo.
Quanto aos males que a crise criou não vão ser mais rapidamente resolvidos, pelo que fizeram as autoridades tributárias de nosso país, escancarando o crédito, criando isenções de IPI em setores pontuais que trarão danosas conseqüências para a já endividada família brasileira, estimulando o consumismo que trará inevitavelmente o aumento da inadimplência e provavelmente com reflexos inflacionários, o que já está sendo constatado pela queda crescente do nosso PIB, que em 2012 será menor do que 2011. A taxação o IOF sobre as transações estrangeiras foram equivocadas. Certo seria a taxação nos investimento especulativos, nas viagens ao exterior, mas não abranger aos investimentos na Infra-estrutura, na Indústria, aumentando a cada vez menor a nossa produtividade e competitividade.
Há que se mudar a política monetária urgentemente e o governo ao em vez de fixar-se no consumismo avassalador, investir nas fontes geradoras, crescimento sócio-econômico, ao mesmo tempo realizar a reforma previdenciária, tributaria e política.
Reduzir o custo Brasil, alicerçado no aumento progressivo da maquina publica, reduzindo os impostos e ampliando a saudável assistência social com reciprocidade, sem fazê-la somente com cunho eleitoral.
Hoje com 82 anos de idade, vejo que os equívocos são parecidos a década 30, com o agravamento que a corrupção tomou conta do governo, da sociedade, gerando a atual e vergonhosa impunidade. Fico triste, desanimado pelos que vão herdar as nossas futuras gerações.
Paulo Konder Bornhausen.

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