Cientistas acreditam ter encontrado uma maneira de detectar a perda óssea provocada por osteoporose nas fases iniciais da doença.
Atualmente, a doença pode passar despercebida durante anos e só ser diagnosticada com exames após o enfraquecimento dos ossos, geralmente quando já ocorreu uma fratura.
O novo teste – desenvolvido em partes com os astronautas, pois eles são vítimas de perda de massa óssea devido à microgravidade do espaço – procura por vestígios de cálcio na urina derivado dos ossos.
A técnica foi desenvolvida com o auxílio dos cientistas da Universidade Estadual do Arizona que trabalharam com análises de isótopos de cálcio colhidos da urina dos astronautas. Estes isótopos são diferentes do elemento cálcio. Cada um possui um número específico de nêutrons nos átomos, o que facilita a diferenciação do elemento cálcio dos alimentos daqueles que se “soltaram” dos ossos.
O equilíbrio ou a abundância entre os diferentes isótopos quando o osso é destruído ou formado pode, portanto, indicar precocemente alterações na densidade óssea.
Os exames tradicionais usam testes bioquímicos para analisar marcadores sanguíneos do aumento de metabolismo ósseo. O chefe da pesquisa, professor Ariel Anbar, disse: “O próximo passo é ver se o teste funciona como o esperado em pacientes com doenças de alterações ósseas. Isso pode abrir as portas para a aplicação em clínicas”.
O teste poderá ser usado não só no diagnóstico de osteoporose, mas várias doenças que afetam os ossos, inclusive o câncer.
Scott Smith, nutricionista da NASA, disse: “A NASA realizou esses estudos porque os astronautas em microgravidades sofrem com perda óssea e isso é um grande problema em voos espaciais tripulados e nós tivemos que melhorar a maneira de monitorar os astronautas e combater o problema”.
fonte jornaldaciencia
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