
As partidas das linhas ocorrerão a partir de cinco bolsões, que deverão ser instalados no Centro de Florianópolis. A medida será adotada para minimizar o impacto de uma greve que pode afetar a 150 mil usuários do transporte coletivo por dia, que circulam pelo Ticen.
— Vamos atender as linhas com maiores demandas na Capital, com transporte para o Continente, Norte da Ilha, Bacia da Lagoa e Sul da Ilha — afirma o secretário João Batista Nunes.
Mais informações sobre a operacionalização do transporte alternativo devem ser divulgadas ainda nesta quinta-feira.
Decisão pela greve
Os trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis decidiram, por unanimidade, entrar em greve por tempo indeterminado a partir da 0h próxima segunda-feira, após se reunirem em três assembleias, na quarta-feira. Ao todo, serão cerca de 5 mil cobradores e motoristas parados.
Um comunicado será entregue nesta quinta à prefeitura pelo Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (Sintraturb), para oficializar o aviso de greve com 72h de antecedência, conforme prevê a lei.
O motivo da greve é o impasse entre trabalhadores e empresários nas negociações por redução da jornada de trabalho e aumento salarial, que são as principais reivindicações na pauta deste ano.
Negociações não avançam
O secretário de comunicação do Sintraturb, Antônio Carlos Martins, alega que a categoria não possui outra alternativa a não ser entrar em greve, já que as empresas se recusam a discutir redução de jornada de trabalho na mesa de negociações.
Para o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis (Setuf), Waldir Gomes da Silva, a proposta é inviável, pois os custos teriam impacto no valor da passagem.
— Teríamos que contratar mais 250 funcionários para suprir essa redução de jornada. A passagem iria a R$ 3,20 — argumenta.
Segurança no Ticen
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Coronel Araújo Gomes, informa que a inteligência da PM está em contato com os dois sindicatos para monitorar a situação.
Na segunda-feira, segundo Gomes, haverá reforço policial para aumentar o controle de trânsito e garantir de segurança dos envolvidos na greve.
Entenda o impasse
Reivindicações dos trabalhadores
- Redução de jornada de 6h40min diárias para 6h, sem redução de salário. Hoje, motoristas ganham R$ 1.517 e cobradores, 60% deste valor.
- Ajuste salarial em conformidade com a inflação do período e aumento de 5%.
O que dizem as empresas de ônibus
- A redução da carga horária é inviável, pois exigiria a contratação de mais 250 trabalhadores.
- Para arcar com o custo, seria preciso aumentar a tarifa de ônibus para R$ 3,20.
- A proposta de aumento salarial é ajuste conforme a inflação e ganho real de 1%.
E a prefeitura?
- Em busca de consenso, o prefeito vai intermediar as negociações até segunda-feira.
- A possibilidade de aumento de tarifa está descartada neste momento.
- A Justiça do Trabalho será acionada para garantir um contingente mínimo de ônibus nas ruas.
fonte http://www.clicrbs.com.br
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