Academia Brasileira de Neurologia tem novos critérios para o Alzheimer Associação estabelece novas regras para o rastreio da doença

A Academia Brasileira de Neurologia atualizou em 2011 suas recomendações para o diagnóstico de Alzheimer, famosa por promover um apagão nas lembranças. Um dos destaques entre os novos critérios de rastreio do problema é não levar em conta apenas os lapsos de memória, mas também o comprometimento de outras funções cognitivas.


"Já nas fases iniciais do Alzheimer o indivíduo pode apresentar alterações na capacidade de se organizar, planejar e raciocinar, além de distúrbios de linguagem, como dificuldade para encontrar palavras", diz a neurologista Sonia Brucki, uma das responsáveis pelo documento. A iniciativa também aponta os exames que facilitam o reconhecimento mais precoce do mal.


Exames convocados
O diagnóstico do Alzheimer requer a realização de testes sanguíneos para afastar outras possíveis causas de comprometimento cognitivo, como infecções e distúrbios de tireoide. Também são obrigatórios exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, e, se necessário, a análise do líquor, extraído da coluna em uma punção.

Tipos de diagnóstico


Provável
O indivíduo tem alterações cognitivas e comportamentais que interferem em seu dia a dia e os exames excluem outras causas de demência.


Possível
Há uma evolução atípica da doença e não se sabe precisar o início e a progressão do problema com base no comprometimento cognitivo.


Definido
É o quadro totalmente confirmado com base em exames de neuropatologia, como o estudo do cérebro em uma necrópsia.