As frutas desidratadas se dividem em dois tipos: frutos secos oleaginosos e frutas secas. A primeira classificação são as sementes, como amêndoas, castanhas-do-pará e nozes. Já as frutas secas compreendem as uvas passas, damascos, bananas, ameixa seca, figos, tâmaras, entre outros.
- Nas frutas desidratadas só é retirada a água, a informação nutricional do alimento permanece a mesma - explica a nutricionista Tatiana Pizzato Galdino.
Muitas pessoas acreditam que estas não possuem teor de caloria e acabam exagerando no consumo. No entanto, é importante ter cuidado.
- Uma fruta desidratada equivale a uma fruta in natura - afirma a profissional.
Você já reparou que as secas são mais doces do que as frutas in natura? Segundo a especialista, elas ficam assim porque a água é retirada. Ali é concentrado o carboidrato, reunindo o teor de sacarose. Outro fator que interfere nos índices do alimento é o processo de industrialização, pois, em alguns casos, as frutas, como tâmaras, são embebidas no açúcar.
- Consumidas com moderação as frutas desidratadas podem ser muito benéficas para a saúde, pois são riquíssimas em fibras, minerais, potássio, magnésio, selênio, cálcio, ferro, vitaminas A e do Complexo B.
O damasco compreende vitamina A, benéfica para saúde ocular. A ameixa seca é rica em fibras que auxiliam o intestino. A banana passa possui vitaminas A e do Complexo B, magnésio, potássio, fósforo e zinco, que fortalece o metabolismo ósseo. A Tâmara é ampla em potássio, sendo indicada para hipertensos. Em 100g de tâmara há apenas dois miligramas de sódio. É importante avaliar ainda a carga glicêmica, isto é, a quantidade de carboidrato existente no alimento sem as fibras. A uva passa, por exemplo, possui altos índices, se comparado ao damasco.
As frutas oleaginosas, por sua vez, se caracterizam pela presença de vitamina E. Também, como o próprio nome diz, são ricas em óleo, além de gorduras poliinsaturadas e monoinsaturadas. Entretanto, estas são consideradas “gorduras boas”, pois auxiliam na prevenção de doenças cardiovasculares. Mas, não se deve exagerar. Segundo Tatiana, elas podem conter uma quantidade significativa de gorduras saturadas capazes de elevar o colesterol. Seu consumo deve ser cauteloso, até porque, em alguns casos, são mais calóricas que as frutas in natura.
- A castanha-do-pará é rica em selênio, que é um antioxidante benéfico, pois protege as células do organismo contra radicais livres. Mas, deve ser consumida com moderação, de uma a duas por dia. Por exemplo, uma unidade pode ter 9 mcg (microgramas) ou 200mcg. O excesso pode ser prejudicial à saúde - orienta Tatiana.
Essa mesma substância, porém em menor quantidade, também é encontrada em alimentos como o feijão. A entrevistada revela que se deve consumir, no máximo, 400 mcg de selênio. Isso porque, se ingerido em excesso, passa de antioxidante e pode causar um efeito prejudicial ao fígado.
Mas, afinal, o que devemos consumir como lanche? A nutricionista diz que o desejável é fazer uma composição com frutas secas: duas tâmaras ou duas ameixas é o ideal. Outras opções: cinco uvas passas; uma banana passa acompanhada de uma unidade de castanha-do-pará.
- Somando um total de três a quatros frutas na composição, sem açúcar nas frutas desidratadas e sem sal nas oleaginosas - afirma a nutricionista.
Agora que você já descobriu as propriedades e benefícios das frutas secas, fique atento na hora de armazenar os alimentos. Eles devem ser conservados em local fresco ou na geladeira e suas condições devem ser observadas.
- As oleaginosas ficam com gosto de ranso, menos crocantes. Se a semente não estiver crocante já esta envelhecida - comenta.
Ela alerta ainda:
- As frutas desidratadas quando mantidas fora da geladeira devem ser consumidas em até cinco dias e se estiverem refrigeradas podem ser ingeridas em no máximo duas semanas, não devendo ser lavadas.
fonte http://redeglobo.globo.com
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